Qual a relação da religião com o dinheiro? No Cristianismo isso ocorre desde a Idade Média, mas consolidou-se ainda mais com o capitalismo da Idade Contemporânea. Talvez Jesus não ficaria contente com o que fazem com seus ensinamentos: usar de pretextos para receber dinheiro da população.
A oferta dada pelos cristãos não deve ser exercida como um dever. A manutenção das Igrejas é necessária, mas não é preciso luxo. Afinal, na origem do cristianismo, a fé difundia a ideia de humildade e simplicidade. Hoje ainda é assim, mas a sociedade está corrompida até mesmo onde não deveria haver ambição: a religião como qualidade de espírito.
O cristão tem que oferecer seu dízimo livremente, não forçadamente. O próprio termo "fiel", usado para nomear adeptos de qualquer religião, mostra que a colaboração, financeira ou não, deve ser voluntária. De certa forma, a quantidade de taxas cobradas chega a ser uma exploração, um "aproveitamento de boa fé". Acredita-se que depois da Reforma e da Contra-reforma, o sistema ficou enfeitado demais, perdendo grande parte do seu idealismo original.
A essência da fé está em conquistar a humanidade com os seus melhores valores. Cabe então a cada fiel se comportar como seguidor consciente ou apenas como submisso do que ainda costumam chamar de fé.
(13/06/2011)
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