Quando escrevo me sinto livre e útil
Porém as vezes me aprisiono ao tempo
Neste hábito inútil, neste vício fútil
Na madrugada, mesmo não sonhando
As palavras me tiram o silencio
Outrora, quando bem ocupada
O vazio imaginário me preenche de alívio
E até nesses horas eu me deixo levar
Então preciso desabafar com o papel
Dizer o quanto estou feliz por não pensar
E garantir meu espaço no céu
Desejo expressar tudo com palavras
Mas quando a razão é maior que a fantasia
O silencio da alma me domina
Que tamanha destinação eu terei?
Que parte desta confusão eu serei?
Meu mundo não é mais o mesmo
Desde que descobri este talento
Foi por acaso ou é mero destino?
Nunca quis ter uma vida normal
Por isso admiro a felicidade como a tal
Pois na minha o melhor ainda está por vir
E me arrepender do que fiz não me leva a nada
Minha existência é uma estrela de esperança
Que entre guerra e paz continuará brilhando
Lisa Peixoto - 10/06/2013