quinta-feira, 4 de abril de 2013

Réquiem para a Biodiversidade

Meu coração bate em cada microrganismo, em cada planta e em cada animal presentes neste planeta
Tanto os mortos quanto os vivos fazem a sua parte e eu admiro a Natureza por isso
Embora toda esta beleza selvagem e exótica
Embora toda esta perfeição complexa e caótica
Até Deus está morrendo com tanta corrupção
Eu estou morrendo com tanta indignação
Quem dera eu pudesse ser Deus para fazer diferente do que todos pensam
Eu não deixaria nada disso acontecer
Eu não salvaria o mundo, eu o preveniria de qualquer sofrimento e perigo
Eu sou a Natureza, e a Natureza é Deus
Portanto, eu sou Deus, e toda forma de vida é Deus
Este é o réquiem para a biodiversidade
O divisor de águas do curso da vida
O apocalipse da evolução
O náufrago da última arca da salvação
A apoptose da essência vital
A ruptura da barreira do controle
O extermínio do futuro e da esperança
A crucificação dos inocentes
O colapso da cibernética natural
A minha voz clama o câncer, a fome, as queimadas, os vazamentos
A Natureza é tão forte e ao mesmo tempo tão frágil
Minha paciência está desgastada como as moléculas da camada de ozônio
Pergunto quem me salvará agora que a situação já está grave
Sei que a ajuda não virá de fora, portanto, ela deve vir de dentro de cada um
A vida pode não ter tido pressa pra começar, mas agora temos pressa pra continuar vivos

26/03/13

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