sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

HORIZONTE

Poesia super nova, a primeira oficial de 2015, que marca meu recomeço no mundo da produção literal! :-)
Gostei bastante dela. Como sempre eram vários versos soltos e misturados, então em poucos dias eu adicionei e organizei as ideias.

"Pela manhã tudo é quente
O café, os raios de sol pelos cantos da cortina
O pão, o vapor de água nas plantas do quintal
Pela noite, no entanto, nada o é mais

Toda essa calmaria acompanha a lentidão dos dias
Onde tudo o que eu faço é pensar
Eu penso nas histórias que não ouvi
Nas promessas que nunca cumpri
Nos momentos que não vivi

O café o o pão já esfriaram
Enquanto eu me perco nas esquinas do tempo
Sacrificando meu tempo para lembrar quem eu sou
Aproveitando o vazio para me preencher de amor

De repente tudo some
Somos apenas eu e o abismo
E os pensamentos se mantem em círculos
Enquanto na minha frente não há nada além
Da linha reta do horizonte

O céu estrelado agora ilumina minha solidão
A vontade de não existir tira minha razão
Aquele dia que prometi que tudo iria mudar
Nunca irá chegar
Pois eu preciso mudar antes disso

Minha viagem até o horizonte começou
Quando eu quis saber além dele
Não sei até onde irei chegar
Porém aqui não quero mais estar

O horizonte é o abismo
Depois dele não sei o que existe
Depois dele não posso me salvar
Porém aqui atrás me sinto presa e amordaçada
Numa jornada que não pude explorar

Sei que a vida está logo ali
Há algo maior esperando além de mim

Me conte, horizonte
És um abismo ou és um monte?
Serás meu destino ou minha fonte?
Me conte
Horizonte"

Lisa Peixoto - 17/02/2015

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